Tito Paris, o filho querido de São Vicente, começou a sua carreira profissional numa família de músicos do Mindelo aos 9 anos de idade, primeiro os seus irmãos começaram por lhe ensinar o cavaquinho, depois a guitarra e mais tarde tornou-se baixista antes de se aventurar a compor as suas próprias músicas.

Já em Lisboa, Tito cedo ganhou a sua fama na então florescente cena da capital portuguesa, além de Bana, acompanhava músicos como Dany Silva, Paulino Vieira, Paulo de Carvalho, Celina Pereira e Vitorino., mas foi como compositor que se tornou famoso, escrevendo músicas para Bana e Cesária Évora. Com o crescente sucesso formou a sua própria banda que apresentava espectáculos acústicos e eléctricos.

Na formação acústica (piano, cavaquinho, baixo e clarinete) Tito, tocava guitarra acústica e cantava, com a sua voz rouca, de forma sublime, os êxitos das mornas cabo-verdeanas; na formação eléctrica, com a sua execelente secção de metais mas muito orientada para as guitarras, apresentava concertos enérgicos compostos na sua maioria por coladeiras, sendo Tito considerado um mestre deste género musical.

Previamente, Tito Paris gravou dois álbuns: Tito Paris (editado em Portugal em 1987) e Dança Ma Mi Criola (na editora MB Records de Boston, EUA, em 1984).

Em 2012 comemoraram-se os seus 30 anos de carreira, das várias accções comemorativas destaca-se o grande concerto com a Orquestra Metropolitana da Holanda em Novembro em Roterdão, a atribuição da medalha da cidade de Lisboa pelas mãos do seu Presidente da câmara, o lançamento de uma fotobiografia acompanhada de documentário e ainda o concerto no Coliseu dos Recreios de Lisboa que esteve esgotado e onde Tito Paris passou em revista os 30 anos de carreira.