António Raminhos nasceu no ano de Cristo de 1980, curiosamente, exactamente 38 anos e 152 dias depois de Eusébio e cinco anos e 142 dias antes de Cristiano Ronaldo. Não era o filho preferido de seus pais. A mãe queria uma menina, o pai um Mercedes 200 D, mas devido às ancas estreitas da mulher contentou-se com o rapaz. António Raminhos sempre foi um miúdo pacato. Desde cedo que mostrou a sua queda para pensamentos idiotas e associações mentais ridículas, que lhe valeram o apelido de “o estúpido lá de casa”.
Aos 18 anos entrou na faculdade, depois voltou a sair, até porque a porta não era aquela. Estudou jornalismo, foi redactor do jornal A Capital durante dois anos e de um programa na RTP1, mas falar a verdade, ser sério e rigoroso não era com ele. Por isso dedicou-se ao humor… ou como ele chama: “a tentativa de fazer piadolas”.
À semelhança dos grandes génios também António Raminhos possui uma doença grave. Como a esquizofrenia já tinha sido ocupada pelo matemático John Nash, a surdez por Ludwig van Beethoven e uma doença degenerativa muscular por Stephen Hawking, António Raminhos ficou com o chamado TOC, Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Uma doença que o leva a lavar as mãos exactamente 52 vezes por dia, a verificar 15 se o carro está fechado e a escrever este texto na terceira pessoa do singular.
Ainda assim sobra-lhe tempo para para actuar em bares, auditórios, ter uma crónica mensal na revista Maxmen, participar em programas de televisão na SIC, RTP, Benfica TV e escrever sketches de humor para vários programas embora não possa revelar quais por vergonha. António Raminhos faz tudo isto na esperança de que um dia alguém lhe pegue e leve a sua história de vida até ao cinema para que se torne num sucesso ao nível do Harry Potter. Aliás, António Raminhos sonha que seja o jovem feiticeiro a interpretar o seu próprio papel… ou então Stallone.
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