Autor de várias composições de referência da nova música portuguesa, e sempre em português, foi há mais de vinte anos que Tiago Bettencourt embarcou naquela que seria a sua primeira aventura em estúdio, com os Toranja, marcando para sempre o panorama musical português. A riqueza da simplicidade dos seus poemas e melodias depressa captou a atenção do público em temas inesquecíveis como Carta e Laços. A banda anunciou uma pausa prolongada em 2006, altura em que o artista decidiu continuar o seu percurso em nome próprio.

Do álbum de estreia a solo, O Jardim (2007), até ao mais recente, 2019 – Rumos ao Eclipse (2020), fazem parte inúmeros temas incontornáveis do cancioneiro contemporâneo nacional, de que são exemplos “O Jogo”, “Só Mais uma Volta”, “Morena”, “Se Me Deixasses Ser” ou “Viagem”.

Para celebrar os 20 anos de carreira, no final de 2022 subiu aos palcos do Coliseu de Lisboa e da Casa da Música, no Porto, com a Orquestra Clássica do Centro e, com o mote “Fim de Festa”, voltou às mesmas salas no final de 2023.

Tiago Bettencourt não pertence a nenhum movimento, a nenhuma corrente ou estilo. O seu caminho é só, independente, variado e coerente, e assim se tem mantido na vanguarda da música cantada em português.