Em Londres, estudou engenharia de som e conheceu artistas, incluindo Barnaby Keen, com quem partilhou uma paixão pela música brasileira e portuguesa, resultando na criação do álbum “1986”. Benjamim destaca a importância de ter vivido na capital britânica, que lhe proporcionou experiências valiosas na indústria musical. No entanto, foi em Portugal, durante a crise económica, que encontrou inspiração para compor em português, lançando o seu primeiro álbum em 2015, “Auto Rádio”.
Além da sua carreira a solo, Benjamim trabalhou com artistas como Joana Espadinha, B Fachada e Lena d’Água. O álbum “1986”, com músicas em inglês e português, tornou-se um projeto especial para ele, refletindo as suas vivências e a amizade com Barnaby Keen. Um dos temas de destaque, “Terra Firme”, aborda a situação dos migrantes no Mediterrâneo, inspirado em notícias sobre naufrágios.
Encontrámo-nos com Benjamim numa tarde quente, antes de um concerto ao ar livre no Devesa Sunset, evento cultural promovido pelo Município de Famalicão. O cantor e compositor, entusiasmado por regressar ao palco, falou-nos sobre o seu mais recente projeto discográfico, *Vias de Extinção*. Este álbum, composto por oito canções, é considerado o mais íntimo do seu repertório.
“Vias de Extinção” surge como o trabalho mais pessoal e direto de Benjamim, com letras de tom quase confessional. A primeira canção lançada durante o confinamento, refletindo, ainda que de forma não intencional, a realidade desse período, como se nota na frase: “Eu não esqueço que o apego é melhor que a solidão”.
Benjamim apresenta “As Berlengas”, o seu quarto álbum de longa duração, que ele próprio considera o seu projeto mais ambicioso até agora. O músico é responsável por todas as letras, música e produção, num total de 20 faixas que foram escritas, interpretadas, gravadas e produzidas inteiramente por ele.
Benjamim descreve o álbum como um reflexo de temas como solidão, morte, e a busca por redenção, tudo ambientado num “espaço mental inventado”, inspirado pelas ilhas misteriosas. O projeto representa uma fuga à realidade, abordando questões como a desilusão com o mundo atual, a divisão política, a crise climática, e a procura de amor e identidade.
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